terça-feira, 1 de abril de 2008

!!!Praga – Rep. Checa, de 27 a 30 Março

Os dois autocarros de alunos Erasmus em Liubliana arrancaram às 22h. Pela frente esperavam-nos 12 tortuosas horas de viagem até Praga, onde chegámos pela manhã. Pelo caminho, as paragens nas estações de serviço não eram suficientes para esticar o corpo. 10 minutos e estou de volta ao banco minúsculo que teima em não me deixar dormir. Nessa noite, uma horinha de sono, nada mais. Chegámos à grande cidade. Em frente ao Museu Nacional, no topo de uma das maiores avenidas, delineia-se o plano do dia. Percorrer a cidade com um suposto guia, e às 15h estaríamos a caminho do hostel onde iríamos passar as duas noites seguintes. Naturalmente, no meio da “praga” de turistas, o grupo acaba por se dispersar na ponte principal. Não me incomódo. Nem eu, nem a organização que apenas se responsabiliza pelos horários do autocarro e do hostel. De resto estamos por nossa conta. Óptimo! Para quê andar feito rebanho num grupo de 80 pessoas quando podes andar ao teu ritmo com as pessoas que mais gostas e ver as coisas que mais te interessam. A cidade revela-se tudo aquilo que imaginava. Não há palavras. Cada esquina seu edifício mais belo que o outro, cada rua mais majestosa que a anterior. Igrejas, torres, relógios, teatros, museus... A praça do relógio de cuhcuh... Chegamos à ponte. Do outro lado vemos a grande catedral dentro do maior castelo do mundo. O sol brilha para nós, o rio reflecte a sua luz na corrente. Que dia fantástico!

































Depois da meia visita à cidade, vamos almoçar. Antes disso tentámos trocar dinheiro numa lojinha ali no centro. Não têm euros os ilustres checos. E importam-se com isso? Não! É sempre uma boa maneira de enganar os turistas mais distraídos que naturalmente não conhecem a moeda checa. É nos trocos, em que por vezes surgem moedas da Hungria ou da Lituânia, é a receber euros e cobrar 5€ por algo que vale 2€, é nos câmbios.. Em todo o lado a tentar roubar o turista que lhe dá trabalho. Connosco também. O pessoal do SOU( organização) avisou-nos que a a taxa de câmbio normal seria 24kr por 1€, nunca menos de 20kr e quanto mais melhor. Pois bem, os senhores das lojinhas de câmbio que se multiplicam em cada esquina anunciam taxas fantásticas de 28kr ou 26kr... Mas depois, em letras pequenas, metem o preço real de venda das kr, assim de mansinho, sem se notar... Fomos trocar dinheiro, eu, o Fred e a Bea. Recebi o meu e comecei a fazer contas... O quê? 19kr por 1 euro? Pois, logo vi que nos iam tentar enganar. Entretanto já eles tinham trocado também. Pronto, perdemos meia hora a discutir com o senhor. Eu não saía dalí sem o meu dinheiro de volta! Não mesmo. “Ah, a transacção já foi feita, não posso fazer nada. Tá ali escrito a taxa a que vendo as kr, não posso fazer nada, é esse o preço que faço...” Mas tá a brincar comigo, ai ai! Tá lá escrito mas em todo o lado anuncia 28kr? Quer enganar ao menos admita que o faz! Bem, a Bea a dizer que éramos estudantes a pedir por favor. Eu a mandar as coisinhas à cara: junção infalível! Pedi o livro de reclamações e a situação resolveu-se! Diz que é mau para a casa ter queixas escritas... Ahaha, fez-nos o câmbio outra vez por uma taxa de 23kr. Melhor já não conseguíamos.















Daí fomos almoçar a uma pizzaria e depois fomos para o hostel. Já tudo dormia uma sesta, menos eu. A noite era de jantar de comida checa e noitada! Não vou dizer que não gostei da comida, pelo contrário. Os acompanhamentos e a quantidade é que deixam a desejar. Ou serão os portugueses que comem muito? Parecia a carne assada da minha querida mãe, bem “puxadinha” como se quer, mas a acompanhar diz que era uma espécie de panquecas de batata e de miolo de pão... Enfim. Seguimos para o centro, mas como somos muitos os grupos dispersam-se outra vez. Esquece lá a guia: era uma checa ex-aluna erasmus do 1ºsemestre que facilitou o serviço e sabia pouco mais que nós. Acabámos cedo no hostel. O corpo exigia e o tempo já mão era muito. 2 horinhas de sono chega?
Manhã seguinte. Vamos com o SOU visitar um dos maiores estádios do mundo, mas que está abandonado, do Sparta. E depois, ver o castelo por fora e a catedral! Lindo lindo lindo lindo lindo lindo lindo lindoooo... =)













































À tarde separámo-nos do grupo e vamos visitar o Museu do Comunismo. No bilhete diz “Dream, reality, nightamare... Occupation 68, Revolution 89”. Uma reconstrução dos factos históricos da Rep.Checa quando ocupada pela União Soviética. Objectos da época, cartazes, mapas, fotografias, livros escolares (iguais aos nossos no Estado Novo?), quadros, relatos. No início uma grande estátua de Marx e de Lenine. No fim, um filme de 1989, na revolução, com a polícia política agredir os que exigiam liberdade. Uma sátira a si mesmos, aquilo que começa como um sonho e acaba num pesadelo. “Mesmo em cima do MacDonalds e ao lado do Casino... é aqui o Museu do Comunismo.” Genial.






























Fim da tarde, hora de comprar souvenirs e ir de caminho para o hostel. Comprar vinho branco e sprite no supermercado porque afinal a vida aqui não é assim tão barata. Seguimos para a mais conhecida discoteca de Praga, ao lado da ponte. Anuncia-se a si mesma como a maior discoteca da europa central!! 5 pisos, 5 estilos de música! Escusado será dizer que nessa noite mais 1 horinha de sono foi o possível!
Manhã seguinte, hora de partida 10h.Um paragem estúpida durante 2 horas num centro comercial e partida para Liubliana às 13h. Porquê não nos deixaram dormir? Bem, valeu pelo sol, pelas últimas kr gastas no Mac e pelas conversas de quem acaba de passar um fim-de-semana juntos!
Praga, a grande capital, turística e famosa. Não fazia Erasmus aqui. Ainda bem que escolhi a pequena Liubliana, calma, segura e onde a comunidade Erasmus é unida e todos se conhecem. Praga, uma das cidades mais lindas do mundo que não deve nada ao título. Que dias fantásticos, que angústia não ter tempo nem forças para fazer mais. As minhas costas não me deixavam. Sim, para voltar em qualquer oportunidade que apanhe nas mãos! Tanto ficou por ver, tanto por aprender, tanto por descobrir. Total de horas de sono em três noites: 4h30. Total de fotografias: cerca de 350. Número de pontos de interesse: incontáveis. Número de gargalhadas: infinitos! =)

2 comentários:

bugggs disse...

FANTÁSTICO!
Que saudades que me fizeste, que contente fiquei por teres gostado, e sim, não há como não gostar...
Obrigado por me matares as saudades da Karluv most, do majestoso Prazski Hrad e do cuh cuh do relógio...
Aquilo que comeste, lá o purezinho de pão, os dumplings, eu não cheguei a comer, disseram que era bem bom, parece que não era assim tanto, né...
Quero ver essas fotos, além de todas as outras.
Beijo grande e boas aulas ;)!!!

Unknown disse...

Que inveja!
Será que algum dia me vais mostrar essa cidade maravilhosa e vamos juntas comprar matrioskas?????
Fico à espera!

Bjs
Zira