terça-feira, 8 de julho de 2008

Há mar e mar – Portoroz, Izola, Slovenija – 18 Junho

A contagem decrescente do meu Erasmus começa (a esta altura faltam menos de 10 dias...) e não podia deixar a Eslovénia sem visitar a costa. São meros 40km de linha marítima mas que fazem parte deste país tão pequeno e tão rico. O meu vizinho esloveno do dormitório, o Rok disse-me uma vez que há um ditado popular que diz que quando deus fez a Eslovénia ele usou um pouco de tudo aquilo que lhe tinha sobrado: calor, frio, sol, chuva, neve, mar, verde, azul, vermelho, amarelo, preto, branco... E pensando bem é verdade. Nunca pensei, depois de me ter nevado em cima em Março, que poderia andar em Ljubljana de chinelos e saia com mais de 35º. Nunca pensei que para além de turismo de neve, pudesse nadar no mar adriático no Verão. A Eslovénia é um dos países mais pequenos da Europa onde se pode sentir um pouquinho de tantas culturas e ver paisagens naturais tão diferentes!

Assim combinamos, carro alugado (o mesmo que aluguei com o meu irmão) e seguimos caminho eu, a Emilia da Polónia e duas moças da Sérvia rumo ao sudoeste desde país. A viagem desde Ljubljana não demora mais de 2 horas e à chegada a paisagem deixa-me em silêncio. Costa Adriática que, tal como, na Croácia, é totalmente mediterrânica. Mar azul claro, calmo e ilhéus que não deixam adivinhar o horizonte. Paramos em Portoroz. Calçadão, lojas, restaurantes, palmeiras e pequenas embarcações de lazer povoam a baía. Apanhamos sol, nadamos e deixamo-nos ficar algumas horas. Habitat natural é o sentimento, confesso. Não havendo praia, estendemos as toalhas no calçadão e mergulhamos de uma jangada que havia ja alí. Cada vez mais, nada me faz desacreditar que o sol dá felicidade ao ser humano. Pena ter chovido em Ljubljana no dia anterior e não ter tido coragem para levar as minhas havaianas. Depois de uns mergulhos e uma corzinha menos fantasmagórica no corpo, seguimos até Piran que é a ponto mais oeste da Eslovénia. Aqui, bem que tentamos mas não temos lugar para estacionar o belo veículo. Damos três ou quatro voltas à pequena vila e seguimos. Nada podíamos fazer. Paramos então, por acaso, em Izola. Visita ao supermercado e piquenique à beira-mar. Neste momento o facto de não haver um extensa praia de areia torna-se positivo. A pequena vila revela-se a mais bonita das que visitei. De um lado da baía uma longa praia, do outro a pequena marina e alguns pontões. Deixamo-nos ficar em conversas e damos por nós numa esplanada a ver o pôr-do-sol. Melhor impossível. Um dia diferente. Um dia acalorado. Um dia especial com o toque final da condução deliciosa até Ljubljana e o jantar no Zong Hua.



































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